PLURALIDADE CULTURAL
Professoras: Jaine L. Selig Cezar
Roselene L. S. Ataíde Passos
Marilza C.da Silva Pereira
Gabryelle B. Luckemeyer
TEMA: Um NÂO para a Discriminação “Valorizando as Diferenças”.
INSTITUIÇÃO: PROJETO SANTA ÚRSULA
PÚBLICO ALVO: Crianças de 06 (seis) anos a 11 (onze)anos.
TEMPO PREVISTO: 01 (um) semestre ou a escolha.
1.PROJETO: PLURALIDADE CULTURAL “Valorizando as Diferenças”.
2. MAPEAMENTO DOS CONFLITOS VIVIDOS NA REALIDADE ESCOLAR
Na unidade de ensino onde o projeto “Um NÃO para a Discriminação”, será desenvolvido, observamos cada vez mais os conflitos existentes em relação à discriminação em relação à raça/etnia, envolvendo nossos alunos. A temática desse constituído umas das maiores dificuldades encontradas por nós na nossa prática educativa. Essas atitudes têm gerado muita indisciplina e faz surgir uma série de questões específicas no trato de problemas ligados a preconceito e discriminação. Nossos alunos são crianças das séries iniciais, e os conflitos são percebidos cada vez mais precocemente, e essa realidade tem deixado os profissionais da educação preocupados, de um modo geral, e os pais, que quase sempre não sabem como agir. Por exemplo, a demanda escolar hoje recebe alunos com diferentes culturas, histórias, famílias, expectativas, experiências, religiões, pensamentos, desigualdades sociais, etc. Com isso, surge sempre o pensamento de que maneira o professor pode desempenhar um trabalho de qualidade, em meio a um universo tão diversificado repleto de saberes, carências afetivas e emocionais.
3.IDENTIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE AÇÃO
Nosso calendário anual é desenvolvido a partir de atividades com O Projeto Vivendo Valores na Educação. Antes de iniciarmos esse projeto “Um NÂO para a Discriminação”, havia muito mais conflitos. Notamos que muitas atitudes já melhoraram, muitos problemas diminuíram com alunos que conhecem o projeto de outros anos, mas a cada ano a clientela se renova e nosso trabalho também precisa ser sempre inovador, para não cair na mesmice. Ao elaborarmos nosso calendário anual para o próximo ano, toda a equipe pedagógica propõe temas de um valor para cada mês (respeito, solidariedade, fé,amizade, união, etc.), e, um outro projeto (trânsito, alimentação, saúde, higiene, etc.), a ser desenvolvido paralelo. Toda a comunidade escolar está envolvida no projeto. No final de cada mês realizamos o encerramento com apresentações das atividades onde apresentamos jograis, cantos, teatros, danças, vídeos e amostra dos trabalhos confeccionados pelas crianças. Também, todo início de cada mês, é feita uma reunião com os pais em que o tema do projeto é apresentado, geralmente convidamos um palestrante, que pode ser na área da saúde, educação, segurança, trânsito depende do tema gerador do projeto do mês. Procuramos sempre colocar os pais a par dos assuntos relacionados ao aprendizado dos filhos para que a ação aconteça.
4.ESTRATÉTIGIAS DE MOBILIZAÇÃO DO TEMA
As questões sociais referentes à instituição escolar, à política, à religiosidade, à família ou a qualquer âmbito social, não são solucionadas individualmente, mas sim no coletivo. Estamos sempre na busca por parceiros nas soluções de conflitos, uma ação organizada e articulada por parte da equipe pedagógica, assim como de toda a sociedade, em prol de um trabalho de qualidade para todas as crianças, indistintamente. Nesse sentido o debate, a troca de idéias, propostas e o diálogo é o momento de somar e desenvolver um trabalho que atinja os objetivos de todo o planejamento.
5.“TEMA: Um NÂO para a Discriminação”
O tema do projeto “Um NÂO para a Discriminação”, traduz a necessidade de desenvolver nas crianças, uma consciência crítica que possibilite ações e atitudes positivas. Na observação do cotidiano, observamos que crianças sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Como podemos interferir e possibilitar a resolução dos conflitos gerados? Como podemos resolver os problemas gerados no nosso cotidiano escolar? E em relação ao professor, qual é ou deve ser a postura a assumir? A compreensão disso é um grande desafio para nós educadores. A escola é o principal responsável pelo processo de socialização, estabelecendo relações entre crianças brancas e negras, possibilitando a convivência com diferentes raças e gêneros e a construção da identidade. O ambiente escolar é um ambiente coletivo, de convivência, discussão, confronto, competição e colaboração. O que torna ainda mais enriquecedor o processo de construção do conhecimento, mas também envolve questões ligadas a valores: ética, honestidade, disciplinas, companheirismo, solidariedade, persistência e respeito. Quando não há um ambiente conciliador em que não aconteça a diferença, gera uma constante insatisfação. Acreditamos na responsabilidade da escola, na formação de cidadãos, mais do que na transmissão de conhecimentos.
6. JUSTIFICATIVA
O projeto intitulado “Um NÂO para a Discriminação”, visa sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar a cerca do respeito às diferenças existentes nos grupos étnicos. Nessa ação vê-se o fortalecimento do compromisso com a defesa da construção do pleno exercício da cidadania. Levando-se em consideração que é preciso educar o indivíduo para a convivência saudável no espaço em que está inserido. Ao propor este trabalho, buscamos a compreensão de como são construídas as relações raciais. A importância disso consiste na quebra de preconceitos, inclusão social e promoção da equidade. "A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei". (Constituição da República-Federativa-do-Brasil-Art.5º).
O homem se comunica pela linguagem. Tem acesso a informações, se expressa e defende suas opiniões, partilha ou constrói visões de mundo, enfim, produz conhecimento. Cada ser humano é a conseqüência de sua relação direta com o ambiente onde vive. De acordo com Piaget, as crianças constroem seu mundo ao ordenar o material bruto fornecido por visões, sons e cheiros, e na compreensão que os seres humanos impõem sobre a informação que recebem pelos sentidos. Tomando como parâmetro esse conceito, queremos que as crianças que são nosso público alvo (6 aos 11 anos), adquiram autonomia e organizem seus próprios valores morais, através do respeito mútuo, honestidade, companheirismo e a justiça ao discernir e respeitar as diferenças. Adquirindo “a consciência de que sou diferente, e isso pode levar-me a eliminação de barreiras e preconceitos que tenho com o outro”.
Na escola as crianças tornam-se conscientes das diferenças religiosas, raciais e de classes sociais. Nenhuma criança herda os preconceitos dos pais por intermédio da genética, eles são aprendidos. As atitudes (conscientes ou inconscientes) dos pais são no mínimo, um começo no desenvolvimento dos preconceitos das crianças. Os pais manifestam suas próprias atitudes para com os grupos, controlando as relações sociais dos filhos por meio de restrições ou encorajamento dados à formação de amizades. O preconceito sujeita a criança a barreiras contra a sua aceitação social, às vezes a discriminação imediata, à identificação estereotipada e a ser o bode expiatório. Tudo isso reflete no conceito que a criança vai criando sobre si, tornando-a com baixa auto-estima. O preconceito penetra na percepção e na vida das crianças afetando seu desenvolvimento, podendo ter impacto nas relações sociais. A tarefa da escola, no combate aos preconceitos, não é fácil. Muitas vezes no ambiente escolar, as atitudes de professores e administradores reforçam os preconceitos que as crianças aprendem em casa e na comunidade. O convívio com o racismo, o preconceito e a discriminação racial no cotidiano escolar consolida danos, muitas vezes irreparáveis, para as crianças negras.
7. OBJETIVOS
7.1. Objetivo Geral
Possibilitar o desenvolvimento de valores básicos para a consciência etnicorracial no meio escolar, para que respeitem o outro e a si mesmo, e para que compreendam e valorizem a diversidade sóciocultural e a convivência livre de conflitos.
7.2. Objetivos Específicos
Produzir conhecimentos, atitudes, posturas e valores que eduquem crianças quanto à diversidade etnicorracial.
Compreender que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos etnicorraciais distintos, possuindo cultura e histórias próprias.
Valorizar respeitando pessoas negras, brancas, mestiças assumindo atitudes de superação de conflitos gerados no convívio escolar.
8. DADOS DA REALIDADE ESCOLAR
O Projeto Santa Úrsula é uma instituição mantida pelas doações de colaboradores da Cáritas de Parma, Itália. Em parceria com a prefeitura Municipal que mantém o quadro de funcionários e administrado pelas Irmãs Ursulinas. Seu fundador foi Padre Onesto Costa, italiano, erradicado em Primavera do Leste, viveu na cidade até a sua morte (2008). São doze funcionários. Mantém 200 crianças, que freqüentam o projeto no contra turno da escola. Nossa prática pedagógica se faz através de oficinas: música/canto, informática, hora do estudo (português, matemática, ciências, geografia e história aulas interdisciplinar), ensino religioso, jogos pedagógicos, teatro/literatura e recreação.
9.DEFINIÇÃO DE METAS, ESTRATÉGIAS DE AÇÃO E PROCEDIMENTOS
As ações para o desenvolvimento desse projeto “Um NÂO para a Discriminação, acontecerão a partir de uma amostra do vídeo da música “Você é especial”, todos os vídeos especificados, apresentados na sala de vídeo. Os conteúdos relacionados a escrita, ilustrações, confecção de cartazes, murais, danças, jogos as professoras desenvolverão em suas oficinas. Nossa principal estratégica é apresentar em cada oficina um determinado assunto relacionado a etnia, discriminação. E, sempre que possível no coletivo, envolvendo as crianças para que o conhecimento aconteça de modo interdisciplinar. Cada professor desenvolverá suas atividades adequadas ao nível escolar que o aluno que se encontra. No final do projeto os trabalhos e tudo o que foi realizado, documentado através de fotos e filmagens, será montado em slides. O encerramento do projeto acontecerá em um dia denominado “Amostra cultural”, e na reunião dos pais mostrado à eles.
9.1. ATIVIDADES
As atividades desenvolvidas durante este período podem ser assim distribuídas:
Rodas da conversa informais e formais.
Leitura de materiais variados como livros infantis, jornais, revistas, gibis;
Teatro e cinema, quando houver atividade relevante;
Observação do meio como forma de pesquisa da cultura local e global;
Confecção de cartazes, jornais, livros referente ao tema abordado;
Músicas e textos com conteúdo relacionado ao tema escolhido;
Linguagens cênicas: linguagem falada e escrita, expressão corporal (corpo e movimento), as expressões plásticas, visuais e sonoras na elaboração de peças teatrais;
Mostra Cultural com trabalhos realizados pelos alunos bimestralmente⁄semestralmente⁄ anualmente, quando for o caso;
Informática: Vídeo Menina bonita do laço de fita, Vídeo de danças culturais, filme Xadrez das cores, pesquisa de imagens ou textos relacionados ao tema.
Música/dança: Você é especial, Aos olhos do Pai, Canto das três raças, Hino Nacional com diversos ritmos.
Hora do estudo: Leitura de histórias,uso de desenhos e (re) interpretação destas. Desenhar um mapa do Brasil, recortar imagens de diferentes rostos representando a diversidade étnica do povo brasileiro, termos pejorativos (significado), formação de painel coletivo com personalidades negras que alcançaram a fama, cartazes com diversas manifestações culturais, poemas, jograis.
Literatura/teatro: Teatro da história da Menina Bonita do Laço de fita, dramatização do Hino Nacional com diversos ritmos brasileiros. Histórias infantis: Negrinho do Pastoreio, Cabelo Ruim.
Ensino religioso/artes: Livro do patinho feio, O perdão do Patinho feio, confecção de cartazes e frases, fantoches.
Recreação/jogos: Resgate de brincadeiras antigas (cantiga de roda passa anel, três Marias, entre outras).
Quaisquer outras atividades podem servir de pretexto para uma roda de conversa com os alunos, que, ao expressar idéias, emitir opiniões e aprendem refletindo tornando-se agente do conhecimento.
HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O PROJETO:
Hábito de ouvir;
Hábito de ler e interpretar histórias;
Trabalhar a oralidade;
Expressão critica;
Comunicação;
Criatividade;
Autonomia;
Respeito às regras sociais, etc.
COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS DURANTE O PROJETO:
Escrita e leitura;
Noção de tempo e espaço;
Noção de pesquisa;
Respeito às diversas culturas;
Valorização e respeito ao outro;
10. RECURSOS
Livros e Textos literários, data show, computador, vídeos, material de uso comum, fantoches, máquina fotográfica, CDs, DVD.
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que através da leitura e escrita de histórias infantis a criança se expressa, comunica-se e sociabiliza-se, o professor tem o importante papel que é a mediação da relação da criança com o conhecimento, assim como na constituição da sua identidade e autonomia. A arte de imitar está presente em tudo e cabe ao educador utilizar recursos didáticos adequados para apresentar variadas informações nos momentos certos a estas crianças. Ao imitar pessoas de seu convívio, a criança está representando. Esta representação de seu cotidiano ocorre a partir de leituras, interpretações, desenhos, roda de conversas, dramatizações, etc. Nestes casos, o professor deve estar atento como está ou se dará o desenvolvimento das habilidades de seu aluno, sua inserção social. No nosso dia-a-dia as formas de comunicação e expressão humana são ferramentas eficientes para planejar ações e⁄ou transformações em uma Educação de qualidade, consolidada no respeito à criança que aprende. Neste projeto, o primordial é que a arte de ler e interpretar histórias desenvolva amplamente na criança habilidades como a auto-estima, formulação de idéias, resolução de problemas, criticidade, tudo ludicamente. Cabe então, a todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente com esta criança, reflita não somente dos processos de sala de aula, mas também do seu papel como cidadãos, protagonistas de uma história
12. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deve ser contínuo, através de observações e registros do professor que poderá documentar os progressos do desenvolvimento dos alunos, das habilidades conquistadas como linguagem, escrita, interpretação, expressão, criticidade, comunicação, criatividade, autonomia, respeito às regras sociais, etc. Estes são o norte para que estes sujeitos possam agir como cidadãos protagonistas de uma história.
A avaliação adequada à nossa proposta de projeto é a Avaliação formativa e continuada. Que consiste em uma prática educativa contextualizada, flexível, interativa, presente ao longo do curso de maneira contínua e dialógica (Freire, 1975).
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil, V. 3, Brasília: MEC/SEF, 1998.
2 - CANDAU, Vera Maria (Coord). Somos todas iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos/ Vera Maria Candau (Coord.). – Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 176p.
3 - CENTURION, Marília. Jogos, projetos e oficinas para educação infantil. São Paulo. FTD, 2004.
4 - FASCÍCULO GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA. Formação de professores/as em Gênero, Orientação sexual e Relações Étnico-Racial. Livro de conteúdo. Versão 2009. Rio de Janeiro. CEPESC; Brasília: SPM 2009.
5- FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1975.
6 - PIAGET, Jean. O. Nascimento da Inteligência da criança. 3. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978
7- ZAMBELLI G. D. TEATRO NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO COM DIVERSAS LINGUAGENS. Fonte: www.alb.com.br/anais14/Sem16/C16008.doc
SITES PESQUISADOS:
ANEXOS
Projeto Pluralidade Cultural – Valorizando as diferenças
Acolhida
Diretora Roselene
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
(Ana Maria Machado)
Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros. A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva. Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas.
Ela ficava parecendo uma princesa das terras da áfrica, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela.
Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi.
Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
Já se sabe afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...
Projeto Pluralidade Cultural – Valorizando as diferenças
Música: Você é Especial – Aline Barros
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Aniversário Projeto Santa Úrsula
Projeto Pluralidade Cultural – Valorizando as diferenças
Música: “Aos olhos do Pai” – Aline Barros.
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Etnicorracial
Professora Jaine
-Oficina de artes e hora de estudo
-Trabalhos com dobraduras, recorte e pintura de faixas decorativas (bonecos unidos), para as crianças pintarem. Observando que cada um é diferente do outro
-Painel com figuras de recortes de imagens de pessoas “famosas” de diferentes etnias e (Obama, Lula, Angélica), gêneros (Dilma, etc).
Criaram frases para os painéis.
Desenho interpretando a música: “Você é especial”.
(Interpretação oral de gêneros literários ligados ao tema Menina bonita, cabelo ruim, textos do folclore).
]Dobradura de personagens da diversidade cultural do folclore brasileiro, montagem de cartazes;
Acrósticos, poemas, quadrinhos, músicas, explorando a interpretação, escrita, oralidade, ortografia e gramática.
Projeto Pluralidade Cultural – Valorizando as diferenças
Professora Gabryelle
Atividades
As perguntas a seguir são para questionar o padrão de beleza estabelecido pela mídia. Os alunos devem perceber os diferentes padrões de beleza.
Texto: Menina bonita do laço de fita.
-Leitura do texto e fazer a ilustração conforme cada parágrafo.
Questionamento com os alunos
-Como que você se parece mais?
-Quem você considera uma pessoa bonita? Por quê?
-O texto “Menina bonita do laço de fita”. Como você acha que deve ser essa menina?
-Compare os textos: A família de Batero e Menina bonita do laço de fita.
-Chamar atenção para a expressão parenta tortos. Provavelmente, a autora se refere a padrastos, madrastas, parentes que não são de sangue.
· Interpretação oral e escrita;
· Trabalhar rimas;
· Uso do dicionário;
· Formação de frases: com vários pontos!?.
· Separação de sílabas;
· Recorte de vários tipos etnicorracial que encontramos no Brasil, no meio escolar e comunidade.
· Trabalho coletivo entre professores e alunos;
Projeto Pluralidade Cultural – Valorizando as diferenças
Professora Marilza
Recreação/jogos:
· Resgate de brincadeiras antigas (cantiga de roda passa anel, escravo de Jô)
· Dinâmicas diversas.